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não sou conduzida,
conduzo

Alix Spell afirma, em seu trabalho, a necessidade de imaginarmos e projetarmos um mundo a partir de uma perspectiva feminista. Para ela, as relações entre os gêneros, pautadas pela desigualdade e baseadas na perpetuação do patriarcado, produzem violências, tanto no âmbito social, político e também espacial. Neste projeto, a artista se apropria e ressignifica os escritos do brasão da cidade de São Paulo - onde se lê “Non ducor, duco”, ou seja, “não sou conduzido, conduzo”, a artista agora propõe: "Não sou conduzida, conduzo", no feminino. Diante do espectador, veem-se, pixelados, retratos dos 54 prefeitos da cidade de São Paulo do período republicano e, dentre esta massa em preto e branco, destacam-se apenas dois pixelados coloridos, que representam as duas mulheres que já estiveram à frente da gestão da cidade. Assistimos, nos últimos anos, a um grande avanço nos debates sobre a desigualdade de gênero e as mulheres têm conseguido, através de muita luta, conquistar espaços cada vez maiores na política. No entanto, após tantos anos de planejamento e gestão urbana conduzidas por homens, vivemos e reproduzimos, cotidianamente, uma cidade avessa às mulheres e que ainda aguarda uma mudança estrutural. Alix nos instiga a pensar: como construir espaços - físicos e abstratos - no qual a desigualdade de gênero não seja marca estruturante?

"Qualquer assentamento é uma inscrição no espaço das relações sociais na sociedade que o construiu. Nossas cidades são patriarcados escritos na pedra, no tijolo, no vidro e no concreto."

Jane Darke

agora é com você!
o que seria diferente se a cidade de São Paulo fosse planejada POR e PARA mulheres?

Obrigada por participar!

Alix Spell

Não sou conduzida, conduzo, 2022

acrílica sobre telas

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